"...QUANDO VOCÊ ESCOLHE COM O CORAÇÃO
TEM 99 % DE CHANCE DE DAR CERTO,
SE DER ERRADO
VOCÊ, PELO MENOS, DORME TRANQUILO "
Anônimo
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
SEM ANÚNCIO
Como dizia Cecília Meireles:
"Tudo em ti era uma ausência que se demorava:
uma despedida pronta a cumprir-se".
De repente, sem nenhum anúncio.
"Tudo em ti era uma ausência que se demorava:
uma despedida pronta a cumprir-se".
De repente, sem nenhum anúncio.
domingo, 27 de abril de 2008
sábado, 26 de abril de 2008
Pelo quintal
quinta-feira, 3 de abril de 2008
PELAS FRESTAS
.jpg)
Te perdi dentro de mim
e penso
que não quero mais encontrar
Não agora.
Não é hora nem lugar.
Entre o que sabemos
O que queremos
e o que podemos
Existe o que não podemos controlar...
Te perdi
dentro dessa imensa casa escura
que trago dentro do coração,
por um dos quartos
cheios de guardados
exalando teu cheiro ainda pelas frestas
Nessa casa,
o tempo não conta quando havia
risos, desejos, suores e festas...
Agora, só restou poeira
naquilo que perdi
e lugares onde procurar
que na verdade
não sei mesmo, mais encontrar...
Sei que ainda habitas
esses meus escuros
à espreita
esperando a hora certa...
Sei que aquela fresta da porta
ficou aberta.
Sei que, procurando bem
vou te encontrar...
Mas não vou procurar.
Não agora.
Não é hora ,
nem lugar !
MMartins
03/04/2008.
sexta-feira, 28 de março de 2008
NO VER O PÔR-DO-SOL

Hoje teve início
o grande processo de perdas...
Perdas vindas
de onde não se imagina
no susto da manhã
No apagar das luzes
quando tudo parece
o que, na verdade não é.
No que se diz.
As senhas do amor
No ver o sol se pôr...
No distante que não existe
Nessa vontade
que se mostra
tola e triste.
No engodo que as palavras criam.
Hoje eu perdi esse amor latente
e achei bom perder
a ilusão desse amor
que julguei ser diferente
mas era igual
à qualquer ordinário
de esquina
que não se compromete com nada
senão com a aventura
e com a vantagem que vai levar....
Hoje não quero mais!
Pronto.
Acabou !
Vou seguir com meu coração
machucado
mas livre
desse pecado
que cometeria com gente inocente....
Melhor assim.
Melhor não olhar para trás
e apenas seguir em frente.
MMartins
Rio 27 de março 2008
o grande processo de perdas...
Perdas vindas
de onde não se imagina
no susto da manhã
No apagar das luzes
quando tudo parece
o que, na verdade não é.
No que se diz.
As senhas do amor
No ver o sol se pôr...
No distante que não existe
Nessa vontade
que se mostra
tola e triste.
No engodo que as palavras criam.
Hoje eu perdi esse amor latente
e achei bom perder
a ilusão desse amor
que julguei ser diferente
mas era igual
à qualquer ordinário
de esquina
que não se compromete com nada
senão com a aventura
e com a vantagem que vai levar....
Hoje não quero mais!
Pronto.
Acabou !
Vou seguir com meu coração
machucado
mas livre
desse pecado
que cometeria com gente inocente....
Melhor assim.
Melhor não olhar para trás
e apenas seguir em frente.
MMartins
Rio 27 de março 2008
sábado, 15 de março de 2008
APENAS UM HOMEM COMUM

Queria ser um homem comum
desses que se senta ao fim do dia
no botequim
fim de tarde entre amigos
palavras tolas, soltas
apenas para boas risadas
e mais nada...
Queria olhar outras mulheres
e conseguir desejá-las
como qualquer homem comum faria
Ah, como eu queria !
Mas não consigo, não posso
arre....fui nascer poeta
estou todo o tempo ruminando
esses pensamentos,... esse troço
que não sai de mim
senão em forma de poesia...
São palavras e frases
tentando contar
e mostrar o que me vai pela alma.
Não prestam para nada
a não ser transferir
essa melancolia exacerbada
romântica,
que é minha vontade tola de mostrar
o que me atropela o coração...
Canetas malditas que não se aquietam
Papéis inúteis guardando memórias e
toda essa emoção
que deveriam estar no passado , perdidas
Talvez, delas se aprenda o caminho
que nos arrastam por essas avenidas.
Talvez, se aprenda algo, talvez não.
Talvez, não aprendamos nunca
essas coisas de amar...
Esse silêncio sinuoso que vivo a criar,
vermelho, beirando a cor de Urucum
e que arrasta quem lê
pra perto de mim
e nos leva, juntos, para lugar nenhum.
MMartins
março de 2008
desses que se senta ao fim do dia
no botequim
fim de tarde entre amigos
palavras tolas, soltas
apenas para boas risadas
e mais nada...
Queria olhar outras mulheres
e conseguir desejá-las
como qualquer homem comum faria
Ah, como eu queria !
Mas não consigo, não posso
arre....fui nascer poeta
estou todo o tempo ruminando
esses pensamentos,... esse troço
que não sai de mim
senão em forma de poesia...
São palavras e frases
tentando contar
e mostrar o que me vai pela alma.
Não prestam para nada
a não ser transferir
essa melancolia exacerbada
romântica,
que é minha vontade tola de mostrar
o que me atropela o coração...
Canetas malditas que não se aquietam
Papéis inúteis guardando memórias e
toda essa emoção
que deveriam estar no passado , perdidas
Talvez, delas se aprenda o caminho
que nos arrastam por essas avenidas.
Talvez, se aprenda algo, talvez não.
Talvez, não aprendamos nunca
essas coisas de amar...
Esse silêncio sinuoso que vivo a criar,
vermelho, beirando a cor de Urucum
e que arrasta quem lê
pra perto de mim
e nos leva, juntos, para lugar nenhum.
MMartins
março de 2008
quinta-feira, 13 de março de 2008
CONSTATANDO SUA FALTA

O tempo de te esperar se arrasta
morno e pastoso.
As coisas e as pessoas
passam por dentro de mim
e parece que também te esperam.
Tenho fome de vida
meu amor curioso, denso e obscuro
não tem medida
e de tanta ferida
parece até que se aproximou
demais de uma bomba que explodiu
e se encheu de estilhaço....
E eu , com tudo isso, sendo
o dono do circo
fico me sentindo apenas o palhaço...
Com tudo isso, tendo
uma vida pela frente
fico sem saber o que faço...
Com tudo isso, tendo
o seu amor, louco , inteiro e desesperado
fico com a sensação
de que está faltando um pedaço...
Falta chão.
Falta cama.
Decisão...
Falta espaço.
Falta o bem que me causa
o teu abraço.
Falta a paz do teu colo
para o meu cansaço !
MMartins
morno e pastoso.
As coisas e as pessoas
passam por dentro de mim
e parece que também te esperam.
Tenho fome de vida
meu amor curioso, denso e obscuro
não tem medida
e de tanta ferida
parece até que se aproximou
demais de uma bomba que explodiu
e se encheu de estilhaço....
E eu , com tudo isso, sendo
o dono do circo
fico me sentindo apenas o palhaço...
Com tudo isso, tendo
uma vida pela frente
fico sem saber o que faço...
Com tudo isso, tendo
o seu amor, louco , inteiro e desesperado
fico com a sensação
de que está faltando um pedaço...
Falta chão.
Falta cama.
Decisão...
Falta espaço.
Falta o bem que me causa
o teu abraço.
Falta a paz do teu colo
para o meu cansaço !
MMartins
QUANDO SERÁ O TEMPO ?

Nosso momento
mais intenso
era o de esperar....
Aquele
que virá,
Aquela
que verei
Aquilo que seremos
Aquilo que teremos
Esperar pelo que a vida
fará conosco...
Quando será o tempo ?
Quanto tempo teremos
para que nosso amor ....seja !
Eu te esperava
enquanto
a poesia fluia lenta e morna
de minhas mãos
que , esperavam afoitas por teus cabelos.
MMartins
mais intenso
era o de esperar....
Aquele
que virá,
Aquela
que verei
Aquilo que seremos
Aquilo que teremos
Esperar pelo que a vida
fará conosco...
Quando será o tempo ?
Quanto tempo teremos
para que nosso amor ....seja !
Eu te esperava
enquanto
a poesia fluia lenta e morna
de minhas mãos
que , esperavam afoitas por teus cabelos.
MMartins
NA DISTÂNCIA

A distancia que agora
se impõe
nos aproxima mais....
Estou ao lado do teu corpo
o hálito delicioso
da tua boca...tão perto.
Estou vendo o jeitinho
que só você tem
de sorrir pra mim.
Estou vendo seu umbigo
nessa barriga linda
me chamando pra deitar....
Estou ao teu lado agora
e, mesmo estando
a centenas de quilómetros
meu coração
dormirá contigo!
MMartins
domingo, 9 de março de 2008
AVE DE RAPINA

...Não diga nada amor.
Deixe apenas que nossos corpos
se percam de nós,
que não impere a razão
ou o verbo infalível.
Deixe que, em uníssono, sôfrego
nossas bocas unidas
vibre a melodia inaudível.
Liberta pois, em ti, a víbora impiedosa
que me matará de desejo.
Eu, ave de rapina
contrariando minha alma
me entregarei...
Seja minha mulher,
te amarei,
Seja a nota destoante,
te cantarei.
Lago profundo, agitado e temeroso
ainda assim, te nadarei.
Sendo tu minha rainha,
serei o teu rei.
MMartins
07/03/08
Rio de Janeiro
Deixe apenas que nossos corpos
se percam de nós,
que não impere a razão
ou o verbo infalível.
Deixe que, em uníssono, sôfrego
nossas bocas unidas
vibre a melodia inaudível.
Liberta pois, em ti, a víbora impiedosa
que me matará de desejo.
Eu, ave de rapina
contrariando minha alma
me entregarei...
Seja minha mulher,
te amarei,
Seja a nota destoante,
te cantarei.
Lago profundo, agitado e temeroso
ainda assim, te nadarei.
Sendo tu minha rainha,
serei o teu rei.
MMartins
07/03/08
Rio de Janeiro
ESTUDANDO TUA IMAGEM

Tua imagem impressa, eletrônica
é tudo o que tenho
além da imaginação que me socorre,
ver o doce do teu jovem olhar
teus longos cabelos
que deveriam meu sonho embalar....
É tudo o que me ocorre
nesses dias turbulentos que me afligem a alma.
Quantas vezes ampliei suas fotos
e me peguei estudando seus traços de mulher.
Quantas vezes ?
Estou certo de que, mais do que um qualquer.
Estudo seus traços como um laboratorista
querendo encontrar ali
a razão do ter que estudar todo dia
e me encanto tanto
que encontro atento...
o motivo do verbo e da poesia.
MMartins
08.03.2008
Dia da mulher.
é tudo o que tenho
além da imaginação que me socorre,
ver o doce do teu jovem olhar
teus longos cabelos
que deveriam meu sonho embalar....
É tudo o que me ocorre
nesses dias turbulentos que me afligem a alma.
Quantas vezes ampliei suas fotos
e me peguei estudando seus traços de mulher.
Quantas vezes ?
Estou certo de que, mais do que um qualquer.
Estudo seus traços como um laboratorista
querendo encontrar ali
a razão do ter que estudar todo dia
e me encanto tanto
que encontro atento...
o motivo do verbo e da poesia.
MMartins
08.03.2008
Dia da mulher.
domingo, 2 de março de 2008
ESPERANDO O TREM

A plataforma está vazia.
Apenas eu e um pombo
que também não deve saber
pra onde vai....
Para onde irei agora
desde essa plataforma vazia?
Vazia como está meu coração
que , na verdade quer embarcar
no trem desgovernado
do seu amor.
Mas as portas
estão emperradas, não se abrem.
Não passa o tempo
mas é hora de partir
olho o relógio, parece parado
o tempo não passa....
Melhor eu ir
voltar ao que devo fazer
lustrar os sapatos
desembaçar os óculos
voltar à vida , cotidianamente.
Afinal
Para onde será que esse trem
levaria meu coração aventureiro ?
Há no ar um nevoeiro
eu e um pombo
numa plataforma vazia
Onde foram todos os outros ?
Será que embarcar nesse trem
deve ser essa experiência assim tão solitária ?
Quase meio dia
Estou só !
Irremediavelmente só...
Mal acompanhado
por um pombo que me observa
e não liga para o fato de eu estar
nessa plataforma vazia
esperando...
esperando...
MMartins
02/03/2008
15:00 hs
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
POR UMA CLARA IDADE QUE NÃO POSSO

Você ainda não é real
mas teve o meu desejo
ao seu dispor
foi dona da minha vontade
de uma forma
que não pode supor....
ao seu dispor
foi dona da minha vontade
de uma forma
que não pode supor....
A juventude que te rodeia
não pertence ao mundo que conheço
ainda nem sei para onde mandar-te flores
nem seu endereço
para quando meu coração precise...
Moveria montanhas
chegaria aos confins da terra
para estar perto do que amenize
essa vontade, esse sonho secreto.
Mas nunca o teu amor
foi possível ou concreto
apenas secretamente esperado.
Não posso teu corpo, claro.
O único fato definitivo é a poesia...
Louco que sou !
Louco , por esse poema
feito assim, à luz do dia .
MMartins
domingo, 24 de fevereiro de 2008
UM BARCO DE PESCA

Sinto-me agora
como um pequeno barco de pesca
arrastando pesadamente, redes
que tentam encontrar o sustento diário.
Num liso de mar
numa calmaria irritante
vejo a mim mesmo no reflexo que crio n’água
e neste momento tenho pena de mim
Sigo devagar e perplexo
como uma alma arrastando correntes
como quem pensa no que esqueceu
e tenta lembrar do que nem sabe ao certo.
Sinto-me vencido....
A esperança não está por perto
do que existe em mim de mais eterno
o amor , que me parece algo distante
do que posso ter como emoção.
do que posso ter como emoção.
A Amizade, algo pelo que lutar bravamente
quando deveria ser para sossegar o coração
encontrar um ombro amigo
e descansar...
Como bom pescador
sei que devo esperar
por ventos mais constantes
por marés
que vão meu convés varrer....
o seu louco amor
mar agitado onde quero me perder.
MMartins 24/02/2008 18:20
Brilho eterno.....
Hoje assisti ao Filme : "Brilho eterno de uma mente sem lembranças"
Meu Deus ! Que filme brilhante. Bem contado. Inteligente, sensível.
Adorei , especialmente porque conta uma história que reconheço em minha alma...
Devo agradecer pela indicação
e pela vontade de me mostrar o que conta o filme.
Me dá mais força e mais amor.
" Só espere um pouco. Eu não sei.
Quero que espere....um pouco.
Ela diz - Não sou um conceito, sou só uma garota ferrada procurando por paz de espíritoNão sou perfeita.
Joel diz: - Não vejo nada que não goste em Você.
Ela diz:- Mas verá!
Joel diz - Agora não vejo.
Ela diz : Você vai achar coisas e eu vou ficar entediada e me sentir presa, pois é isso que acontece comigo....
Joel diz : - Tudo bem.
ela diz: Tudo bem.
a música seguinte : " Mude seu coração"
Captei a mensagem ....! e te amo mais !!
Meu Deus ! Que filme brilhante. Bem contado. Inteligente, sensível.
Adorei , especialmente porque conta uma história que reconheço em minha alma...
Devo agradecer pela indicação
e pela vontade de me mostrar o que conta o filme.
Me dá mais força e mais amor.
" Só espere um pouco. Eu não sei.
Quero que espere....um pouco.
Ela diz - Não sou um conceito, sou só uma garota ferrada procurando por paz de espíritoNão sou perfeita.
Joel diz: - Não vejo nada que não goste em Você.
Ela diz:- Mas verá!
Joel diz - Agora não vejo.
Ela diz : Você vai achar coisas e eu vou ficar entediada e me sentir presa, pois é isso que acontece comigo....
Joel diz : - Tudo bem.
ela diz: Tudo bem.
a música seguinte : " Mude seu coração"
Captei a mensagem ....! e te amo mais !!
sábado, 23 de fevereiro de 2008
DIABOLICA MENTE

Que entre nós
se digam todas as palavras
se exponham todas as luzes
as cores
as sombras...
Que seja dita toda a verdade
e que se cometa
toda espécie de pequenos crimes
por pura diversão
a dois...
Que entre nós
se inventem todos os gestos
que escorram todos os suores
Que nossas almas
voem aliviadas do cotidiano
que inevitavelmente criaremos.
...conscientes de tudo
que enlouqueçamos juntos
criando ambientes puros
e diabolicamente nos entreguemos
ao amor de tudo
o que nossos corpos inventem...
MMartins
se digam todas as palavras
se exponham todas as luzes
as cores
as sombras...
Que seja dita toda a verdade
e que se cometa
toda espécie de pequenos crimes
por pura diversão
a dois...
Que entre nós
se inventem todos os gestos
que escorram todos os suores
Que nossas almas
voem aliviadas do cotidiano
que inevitavelmente criaremos.
...conscientes de tudo
que enlouqueçamos juntos
criando ambientes puros
e diabolicamente nos entreguemos
ao amor de tudo
o que nossos corpos inventem...
MMartins
Fevereiro 2008
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
TAPIRAWA-TERI

Vou me despojar
de todos os adornos
e cobrir meu corpo nú
com barro, carvão e cinzas
em sinal de profunda tristeza.
Vou andar por aí
a alma em pêlo
expor sem pudor
minha perda maior
meu amor
e os sonhos que criei com você
Farei como os Povos da Neblina
na terra tapirawa-teri
caminharei invisível
pelos lugares
onde estivemos juntos
relembrando cada bom momento
que nos permitimos
ser um principe e uma princesa...
Por um tempo agora
vou cobrir
minha alma e meu coração
com barro, carvão e cinzas
em sinal de minha profunda tristeza.
MMartins
22.02.2008
14:55
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
JÓIA COR DE CORAL
DEPOIS DAQUELA TARDE DE AMOR
UMA DAS VEZES
EM QUE MAIS EXPOSTO ESTIVE
QUE TE AMEI
COM ALMA E CORAÇÃO....
NO FIM
CHEGOU A HORA DE IR
NO FIM A NEBLINA ESPESSA E DENSA
VELOU NOSSOS OLHOS
ELA ME DEU AQUELA JÓIA DIMINUTA
DE PRESENTE
AQUELE MINÚSCULO
PEDAÇO DE PANO COR DE CORAL
GUARDOU TODO O MEU DESEJO DE ANOS
RECEBI COMO UM MENINO
RECEBE UM TROFÉU
DE PRIMEIRO COLOCADO
NUMA COMPETIÇÃO QUE ACABOU....
E AGORA FICA AQUELE TROFÉU
GUARDADO COM CARINHO
EMPOEIRANDO
TRAZENDO APENAS A LEMBRANÇA
E A SENSAÇÃO
DO QUE NÃO EXISTE MAIS....
MMARTINS
21/02/2008
18:54
UMA DAS VEZES
EM QUE MAIS EXPOSTO ESTIVE
QUE TE AMEI
COM ALMA E CORAÇÃO....
NO FIM
CHEGOU A HORA DE IR
NO FIM A NEBLINA ESPESSA E DENSA
VELOU NOSSOS OLHOS
ELA ME DEU AQUELA JÓIA DIMINUTA
DE PRESENTE
AQUELE MINÚSCULO
PEDAÇO DE PANO COR DE CORAL
GUARDOU TODO O MEU DESEJO DE ANOS
RECEBI COMO UM MENINO
RECEBE UM TROFÉU
DE PRIMEIRO COLOCADO
NUMA COMPETIÇÃO QUE ACABOU....
E AGORA FICA AQUELE TROFÉU
GUARDADO COM CARINHO
EMPOEIRANDO
TRAZENDO APENAS A LEMBRANÇA
E A SENSAÇÃO
DO QUE NÃO EXISTE MAIS....
MMARTINS
21/02/2008
18:54
SOBRE UMA SENSAÇÃO

TOLAS VARIAÇÕES SOBRE UMA SENSAÇÃO.
...QUANTAS PALAVRAS
DITAS EM TOM DE VERDADES ABSOLUTAS
E , AI DE MIM, SE DUVIDASSE !
PURA ILUSÃO PASSAGEIRA
BRAVATAS ROMÂNTICAS
DE UM IMPULSO FEMININO
DESPRETENCIOSO E INCONSEQÜENTE
COM O CORAÇÃO ALHEIO.
"VER O POR-DO-SOL?
'NEM PENSAR"EU QUERO TE AMAR"
"ESPERAR MAIS UNS DIAS....?
"NÃO "
"EU QUERO AGORA"
E ALGUNS DIAS DEPOIS
TUDO SUMIU COMO UM VENTO
QUE MUDA DE DIREÇÃO
CARREGANDO AQUELA CHUVA
DE AMOR E ATENÇÃO....
DE REPENTE UM NADA
UM NADA IMENSO
NENHUM RECADO
NENHUMA EMOÇÃO NA VOZ
NO FALAR AO TELEFONE....
NADA
PENSO QUE A VIDA DELA
SEGUE NORMAL E SEM LAÇOS
FELIZ E FESTEIRA ....
A MINHA , ESTA AQUI
SEGUINDO AOS PEDAÇOS.
MMARTINS
21/02/2008
18:35
sábado, 16 de fevereiro de 2008
ORQUÍDEAS
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
EM OITO DIAS...

Oito dias
entremeados de surpresa
distância e saudades
Oito dias em susto
e uma vontade imensa de criar uma história
que se escreveu de impulso.
Em oito dias
criamos um jardim
com orquídeas que ainda vão florescer
nas árvores do seu todo dia.
Em oito dias
pedalamos quilometros de trilhas
em nossas montain bikes pretas
cruzamos a pé a Serra dos orgãos
dormindo e amando em barracas
(na minha ou na sua? )
Em oito dias
nos casamos em países diferentes
pra eu poder
ser igual à você
no seu país.
Em oito dias
você trabalhou à tarde comigo
e passeamos de bicicleta
no parque , aos domingos
com a filha amada.
Em oito dias tivemos a mesma casa
assistimos a tantos filmes
com os pés sob o edredon
na mansidão de tardes nevoadas
entre montanhas
onde o "estar juntos " era a Vida.
E como fizemos amor
todos os oito dias juntos.....
Em oito dias
meu coração alucinou e entendeu
que o amor é insano
e é impossivel de explicar.
Em oito dias
você me ensinou a sonhar
e mostrou que a vida passa num instante.
Em oito dias construímos uma casa de tijolos à vista
em meio aos castanheiros
e nos aposentamos perto dos seus ....
Velhinhos, caminhando de mãos dadas à beira do Rio Bio-Bio....
Em oiito dias juntos
Nossas filhas se formaram...
Senta-te então agora
ao meu lado na relva
olhe para trás e vê quantos sonhos
oito dias podem realizar
quando vêm da alma...
Oito dias
e já não quero outros sonhos pra sonhar
porque só precisei de oito dias
pra aprender a te amar...
14/02/2008 9:45
MMartins
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
só pra ver o seu sorriso.

...EU TINHA UM AMOR POR VOCÊ...
QUE NÃO SE PODIA (AINDA) SAIR CONTANDO POR AÍ...
MAS UM AMOR QUE ME FAZIA HOMEM E POETA AO MESMO TEMPO
( COMO SE ISSO FOSSE POSSIVEL)....
É para ela –e só para ela - que eu tiro minha roupa
e para ela é que me deito.
Para ela crio e guardo meus melhores poemas
e as carícias que levei anos pra aprender....
Para ela eu toco tambor na igreja.
Para ela eu percorro quantos quilômetros for preciso
só pra ver o seu sorriso.
Ela que me surpreende
com peças diminutas
para me encher os olhos
com detalhes que se mostram caricias visuais.
É para ela que meu mundo gira
e que meu relógio finge não ter hora.
Por ela , hoje, eu devaneio mais...
Ela que viria a mim agora
se preciso fosse.
Ela que tomou conta dos meus sonhos
e me fez pensar em futuro
de uma forma doce.
MMartins
janeiro de 2008
QUE NÃO SE PODIA (AINDA) SAIR CONTANDO POR AÍ...
MAS UM AMOR QUE ME FAZIA HOMEM E POETA AO MESMO TEMPO
( COMO SE ISSO FOSSE POSSIVEL)....
É para ela –e só para ela - que eu tiro minha roupa
e para ela é que me deito.
Para ela crio e guardo meus melhores poemas
e as carícias que levei anos pra aprender....
Para ela eu toco tambor na igreja.
Para ela eu percorro quantos quilômetros for preciso
só pra ver o seu sorriso.
Ela que me surpreende
com peças diminutas
para me encher os olhos
com detalhes que se mostram caricias visuais.
É para ela que meu mundo gira
e que meu relógio finge não ter hora.
Por ela , hoje, eu devaneio mais...
Ela que viria a mim agora
se preciso fosse.
Ela que tomou conta dos meus sonhos
e me fez pensar em futuro
de uma forma doce.
MMartins
janeiro de 2008
SILÊNCIO....
Silencio....
A noite segue quente e ruidoza
e há em mim um silêncio
de casa vazia
silêncio de borboleta
em fim de tarde
lenta e pensativa
sobre a flor
de um olhar que tenho....
O tempo passa pastoso
por minhas veias
e eu quero.!
Hoje , quero esse silêncio
que me aquieta a alma
e nada
chama mais minha atenção
do que esse silêncio
que se instalou
em meu coração !
MMartins
A noite segue quente e ruidoza
e há em mim um silêncio
de casa vazia
silêncio de borboleta
em fim de tarde
lenta e pensativa
sobre a flor
de um olhar que tenho....
O tempo passa pastoso
por minhas veias
e eu quero.!
Hoje , quero esse silêncio
que me aquieta a alma
e nada
chama mais minha atenção
do que esse silêncio
que se instalou
em meu coração !
MMartins
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
A PARTIR DE HOJE

Agora
eu preciso de mim
pra me ajudar a ser
aquilo que sempre sonhei.
Agora preciso de mim
pra transformar
todo o tempo vivido
em algo puro e cristalino
que você bem merece.
Preciso me concentrar em ser
o que nasci para ser
para poder merecer
tua pele colada à minha....
para poder ter (como na infância )
aquela paz de lar
que minha casa tinha.
Esperarei tranqüilo
como o deitar de uma pluma
sobre a relva orvalhada
sem a pressão
de ser coisa encomendada.
Agora preciso
cuidar do meu coração
da minha alma
e do fruto que de mim veio ao mundo
meu amor maior.
Preciso me livrar das insignificâncias
e me concentrar no meu amor por mim
por uma mulher
que será minha do principio ao fim
para ser inteiro
o que espero de mim.
MMartins
Fevereiro de 2008
que será minha do principio ao fim
para ser inteiro
o que espero de mim.
MMartins
Fevereiro de 2008
domingo, 6 de janeiro de 2008
Pedalada sob as águas

SOB AS ÁGUAS DE VERÃO.
Sábado à tarde, na tranquilidade da minha casa, assistindo uma bobagem qualquer na TV, entra o comercial divulgando a Copa América de ciclismo, que neste ano de 2008 realizar-se-a no Rio de Janeiro.
Lembrei-me de que hoje é dia do meu treino de Montain bike .
Dou uma breve espiada pela janela da sala que tem vista sul...vejo que o tempo está nublado mas não chove....
Vou preparar toda a tralha de equipamentos para a volta de hoje; fato é que não saio para uma volta de bike se não estiver devidamente equipado.
Agora começa caça aos equipamentos e seus esconderijos prediletos, luvas, por exemplo, estavam dentro da gaveta de cuecas, até aí tudo bem. As botas com clipe estavam onde deviam estar (menos mal), no armário de sapatos. Bermudas de ciclismo, soterradas sob as bermudas do armário, camiseta foi fácil.
A bolsa com bomba de pneus, câmara de ar e ferramentas ( vai que me fura um pneu!) resolveu brincar de esconde comigo. Procurei em todos os lugares possíveis até chegar a um cantinho do closet onde não poderia estar....mas estava bem ali.
Capacete....capacete....procura, procura...pendurado no cabideiro. Óculos de lente transparente ( já que sol não tinha mesmo). Faltava agora preparar as garrafas de água , uma com limão espremido e outra com água gelada. Quase um litro e meio de água ao todo.Até que hoje foi fácil. Pronto pra sair! Quase. Cadê o computador da bike, coisa pequena mas imprescindível ao treino já que grava todas as informações da volta...onde estaria?
Bem ali, no lugar certo para uma peça dessas....sobre os livros na estante, sobre “A menina que roubava livros” , entre um Fernando Pessoa e um John Gray.
Logo ao sair de casa, senti aquele característico cheiro de chuva, mas estava no rumo sul no acostamento da Rodovia Anhanguera no sentido de São Paulo, olhando o céu cinzento mas nenhum sinal de chuva...e desce marcha , pedalando firme, no entusiasmo de uma sabadão à tarde.
Essa volta deve ter uns 25 quilômetros. Era a primeira vez que me aventurava nela mas no fundo não gosto muito de pedalar em acostamento de estrada.... a proximidade de minha casa e o fato de poder pedalar sem parar me fez decidir por tentar.
Decidi chegar até o trevo de Louveira , é uma cidade vizinha que deve estar a uns 10 quilômetros de casa.
Foi tudo bem até o tal do trevo da entrada da cidade onde me propus a chegar, no retorno há uma pequena saída para a direita ao viaduto que me levaria para o outro lado da pista de volta. Bom lugar para dar uma parada e tomar água .
Quando encostei a bike sobre o viaduto, ainda sentado sobre ela, e antes de pegar a garrafa de água com limão , olhei para o norte, de onde tinha vindo e um vento forte, muito forte vinha me acompanhando sem que eu tivesse percebido. Olhando mais atentamente o céu atrás de mim tomei um susto. Há tempos não via uma massa cinza tão grande e pesada vindo em minha direção. Era chuva certa para o meu retorno.
-O que fazer ?
Encostar o bike num restaurante próximo e esperar a chuva passar?
Não seria minha melhor opção porque tinha saído para um treino e não pretendia quebrar o ritmo, mas aquela chuva toda, decididamente não estava nos meus planos.
Já havia pedalado onze quilômetros e o corpo estava quente , suando e precisava de água...mas realmente não aquela que rumava em minha direção com tanta majestade.
Ainda consegui pedalar no rumo norte uns dois quilômetros até que começou a pingar.
Eram gotas grossas e pesadas como pedaços de algo atirado do céu com violência por alguém que , naquele momento pretendia me encharcar.
-Pensei: Vou continuar ! Não vou desistir !
A coisa foi “engrossando” e comecei a me sentir molhado.
Chuva fria , vinda de muito alto, pesada, e me castigava como que me repreendendo por algum pecado cometido.
- Não vou desistir !
- Pedala ! Vai ! Força !
- Mas, eita chuva fria e dolorida !
Em pouco tempo não havia mais onde molhar, eu era um charco humano.
Enquanto pedalava pensava em pântanos, em lagunas, em mangues....Meu Deus, quanta água caia do céu sobre a minha cabeça.
Por um momento pensei que havia entre o meu quadril e as botas presas ao pedal algo mecânico e metálico que estava frio, mas não sentia nada, essa coisa que conheço como coxas transferia minha força ao pedal mas não sentia a musculatura trabalhando de tão gelado que estava.
Pedala..!
Num trecho da estrada que passava na beira de um barranco podia jurar que ali estavam algumas pessoas esperando minha passagem , todas com baldes cheios de água nas mãos . Ao passar, todas ( ao mesmo tempo ) derrubaram sobre mim.
Que quantidade absurda de água era aquela caindo sobre a minha cabeça?
E raios, ao longe mas não tão longe assim. Será que o quadro da bike atrairia raios? Pensamentos soltos, absurdos e o vento, contrariando minha vontade de seguir de volta pra casa soprava alheio ao meu esforço . No chão os pneus da bike cortavam poças imensas que me faziam lembrar de lagunas.
Pensava em tantas coisas enquanto lutava contra toda aquela água e vento. Lembrei do rapaz que fez as calhas de casa. Precisava de uma calha agora já que nesse momento a água era tamanha sobre a minha cabeça e encontrara um caminho no capacete para escorrer diretamente sobre meu olho direito, bem ali, entre a minha cara ensopada e os óculos.
A viseira do capacete atenuava o aguaceiro sobre meu rosto e escondia as subidas que ainda teria que encarar. Mas continuei com força e determinação até avistar o portão de casa.
Foram vinte e cinco quilômetros de treino , metade deles sob uma chuva de lavar a alma que a tempos não me pegava.
Por fim, encharcado , mas com a sensação de “missão cumprida” entrei no banho quente com roupa e tudo para aquecer o corpo....essa máquina maravilhosa de encarar desafios e aventuras.
MMartins
05-01-2008
Sábado à tarde, na tranquilidade da minha casa, assistindo uma bobagem qualquer na TV, entra o comercial divulgando a Copa América de ciclismo, que neste ano de 2008 realizar-se-a no Rio de Janeiro.
Lembrei-me de que hoje é dia do meu treino de Montain bike .
Dou uma breve espiada pela janela da sala que tem vista sul...vejo que o tempo está nublado mas não chove....
Vou preparar toda a tralha de equipamentos para a volta de hoje; fato é que não saio para uma volta de bike se não estiver devidamente equipado.
Agora começa caça aos equipamentos e seus esconderijos prediletos, luvas, por exemplo, estavam dentro da gaveta de cuecas, até aí tudo bem. As botas com clipe estavam onde deviam estar (menos mal), no armário de sapatos. Bermudas de ciclismo, soterradas sob as bermudas do armário, camiseta foi fácil.
A bolsa com bomba de pneus, câmara de ar e ferramentas ( vai que me fura um pneu!) resolveu brincar de esconde comigo. Procurei em todos os lugares possíveis até chegar a um cantinho do closet onde não poderia estar....mas estava bem ali.
Capacete....capacete....procura, procura...pendurado no cabideiro. Óculos de lente transparente ( já que sol não tinha mesmo). Faltava agora preparar as garrafas de água , uma com limão espremido e outra com água gelada. Quase um litro e meio de água ao todo.Até que hoje foi fácil. Pronto pra sair! Quase. Cadê o computador da bike, coisa pequena mas imprescindível ao treino já que grava todas as informações da volta...onde estaria?
Bem ali, no lugar certo para uma peça dessas....sobre os livros na estante, sobre “A menina que roubava livros” , entre um Fernando Pessoa e um John Gray.
Logo ao sair de casa, senti aquele característico cheiro de chuva, mas estava no rumo sul no acostamento da Rodovia Anhanguera no sentido de São Paulo, olhando o céu cinzento mas nenhum sinal de chuva...e desce marcha , pedalando firme, no entusiasmo de uma sabadão à tarde.
Essa volta deve ter uns 25 quilômetros. Era a primeira vez que me aventurava nela mas no fundo não gosto muito de pedalar em acostamento de estrada.... a proximidade de minha casa e o fato de poder pedalar sem parar me fez decidir por tentar.
Decidi chegar até o trevo de Louveira , é uma cidade vizinha que deve estar a uns 10 quilômetros de casa.
Foi tudo bem até o tal do trevo da entrada da cidade onde me propus a chegar, no retorno há uma pequena saída para a direita ao viaduto que me levaria para o outro lado da pista de volta. Bom lugar para dar uma parada e tomar água .
Quando encostei a bike sobre o viaduto, ainda sentado sobre ela, e antes de pegar a garrafa de água com limão , olhei para o norte, de onde tinha vindo e um vento forte, muito forte vinha me acompanhando sem que eu tivesse percebido. Olhando mais atentamente o céu atrás de mim tomei um susto. Há tempos não via uma massa cinza tão grande e pesada vindo em minha direção. Era chuva certa para o meu retorno.
-O que fazer ?
Encostar o bike num restaurante próximo e esperar a chuva passar?
Não seria minha melhor opção porque tinha saído para um treino e não pretendia quebrar o ritmo, mas aquela chuva toda, decididamente não estava nos meus planos.
Já havia pedalado onze quilômetros e o corpo estava quente , suando e precisava de água...mas realmente não aquela que rumava em minha direção com tanta majestade.
Ainda consegui pedalar no rumo norte uns dois quilômetros até que começou a pingar.
Eram gotas grossas e pesadas como pedaços de algo atirado do céu com violência por alguém que , naquele momento pretendia me encharcar.
-Pensei: Vou continuar ! Não vou desistir !
A coisa foi “engrossando” e comecei a me sentir molhado.
Chuva fria , vinda de muito alto, pesada, e me castigava como que me repreendendo por algum pecado cometido.
- Não vou desistir !
- Pedala ! Vai ! Força !
- Mas, eita chuva fria e dolorida !
Em pouco tempo não havia mais onde molhar, eu era um charco humano.
Enquanto pedalava pensava em pântanos, em lagunas, em mangues....Meu Deus, quanta água caia do céu sobre a minha cabeça.
Por um momento pensei que havia entre o meu quadril e as botas presas ao pedal algo mecânico e metálico que estava frio, mas não sentia nada, essa coisa que conheço como coxas transferia minha força ao pedal mas não sentia a musculatura trabalhando de tão gelado que estava.
Pedala..!
Num trecho da estrada que passava na beira de um barranco podia jurar que ali estavam algumas pessoas esperando minha passagem , todas com baldes cheios de água nas mãos . Ao passar, todas ( ao mesmo tempo ) derrubaram sobre mim.
Que quantidade absurda de água era aquela caindo sobre a minha cabeça?
E raios, ao longe mas não tão longe assim. Será que o quadro da bike atrairia raios? Pensamentos soltos, absurdos e o vento, contrariando minha vontade de seguir de volta pra casa soprava alheio ao meu esforço . No chão os pneus da bike cortavam poças imensas que me faziam lembrar de lagunas.
Pensava em tantas coisas enquanto lutava contra toda aquela água e vento. Lembrei do rapaz que fez as calhas de casa. Precisava de uma calha agora já que nesse momento a água era tamanha sobre a minha cabeça e encontrara um caminho no capacete para escorrer diretamente sobre meu olho direito, bem ali, entre a minha cara ensopada e os óculos.
A viseira do capacete atenuava o aguaceiro sobre meu rosto e escondia as subidas que ainda teria que encarar. Mas continuei com força e determinação até avistar o portão de casa.
Foram vinte e cinco quilômetros de treino , metade deles sob uma chuva de lavar a alma que a tempos não me pegava.
Por fim, encharcado , mas com a sensação de “missão cumprida” entrei no banho quente com roupa e tudo para aquecer o corpo....essa máquina maravilhosa de encarar desafios e aventuras.
MMartins
05-01-2008
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
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