sábado, 15 de março de 2008

APENAS UM HOMEM COMUM


Queria ser um homem comum
desses que se senta ao fim do dia
no botequim
fim de tarde entre amigos
palavras tolas, soltas
apenas para boas risadas
e mais nada...
Queria olhar outras mulheres
e conseguir desejá-las
como qualquer homem comum faria

Ah, como eu queria !
Mas não consigo, não posso
arre....fui nascer poeta
estou todo o tempo ruminando
esses pensamentos,... esse troço
que não sai de mim
senão em forma de poesia...

São palavras e frases
tentando contar
e mostrar o que me vai pela alma.
Não prestam para nada
a não ser transferir
essa melancolia exacerbada
romântica,
que é minha vontade tola de mostrar
o que me atropela o coração...

Canetas malditas que não se aquietam
Papéis inúteis guardando memórias e
toda essa emoção
que deveriam estar no passado , perdidas
Talvez, delas se aprenda o caminho
que nos arrastam por essas avenidas.
Talvez, se aprenda algo, talvez não.
Talvez, não aprendamos nunca
essas coisas de amar...
Esse silêncio sinuoso que vivo a criar,
vermelho, beirando a cor de Urucum
e que arrasta quem lê
pra perto de mim
e nos leva, juntos, para lugar nenhum.

MMartins
março de 2008

Um comentário:

Mariana disse...

ainda bem q vc não é um homem comum...